Projetos de Pesquisa em andamento

– Classe e Gênero no Movimento de Mulheres Camponesas 
Período: 2018-2021
Coordenação: Maria Ignez Silveira Paulilo
Integrantes: Valmir Luiz Stropasolas | Vilênia Venâncio Porto Aguiar | Karolyna Marin Herrera | Hélio Bento Maúngue | Ânia Pupo Vega | Cristiano Kerber
Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Descrição: Esse projeto pretende estudar o papel que o conceito de classe irá desempenhar nas lutas do Movimento de Mulheres Camponesas em um futuro próximo, tendo em vista a mudança brusca da direção política do país. Como O MMC defende tanto ideais iluministas como igualdade, solidariedade e liberdade, bem como embates mais classistas e, ainda, resistências através de seu modo de vida, há vários caminhos de oposição ao modelo atual que podem ser escolhidos ou combinados. Metodologicamente pretendo trabalhar com a ideia de “experiência” de Joan Scott; de “experiência próxima” e “experiência distante” de Geertz; e próxima da hermenêutica de Giddens. Quero também incorporar a visão sobre “resistência cotidiana” de James Scott, que leva em conta comportamentos que, na superfície, parecem pequenos atos que, vistos com mais profundidade, são pontos que vão tecendo uma visão de mundo antagônica ao domínio dos poderosos.
– Participação de crianças, jovens e mulheres em ações de mitigação ambiental e preservação de ecossistemas do campo, das florestas e das águas
Período: 2019-2021
Coordenação: Valmir Luiz Stropasolas
Integrantes: Karolyna Marin Herrera | Cristiano Kerber
Descrição: O projeto tem como objetivo geral identificar e analisar iniciativas em curso em comunidades locais, reunindo crianças, jovens e mulheres, visando a realização de práticas solidárias e sustentáveis nas relações estabelecidas entre indivíduos, grupos sociais e ecossistemas do campo, das florestas e das águas. Serão organizados estudos de casos múltiplos envolvendo este público em escolas municipais e estaduais, entidades comunitárias, aldeias, entre outros espaços territoriais, no intuito de averiguar as diversas percepções sobre a problemática ambiental, bem como as iniciativas em curso e voltadas para a realização de soluções solidárias e sustentáveis em nível local. As atividades de pesquisa serão realizadas em determinados casos de comunidades, aldeias, assentamentos, ecossistemas que possuem singularidades exemplares envolvendo o público do projeto, as escolas, as entidades locais, entre outros, contemplando iniciativas no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, envolvendo aldeias de pescadores artesanais, comunidades indígenas Guarani de Palhoça e Biguaçu, agricultores familiares, cidadãos de bairros de cidades que possuem áreas dentro do Parque; comunidade quilombola Invernada dos Negros, em Campos Novos/SC; Terra Indígena Kaingang de Ipuaçu/SC; assentamentos da reforma agrária de Abelardo Luz/SC. Para isso, será elaborado um diagnóstico sistemático abordando os processos indutores, a gênese e as mudanças resultantes dessas práticas participativas, as experiências bem sucedidas, os dilemas e desafios para a consolidação de boas práticas ambientais nas localidades específicas definidas para a pesquisa. Como resultado da pesquisa, pretende-se elaborar uma documentação sistematizada e integrada dos casos pesquisados, um relatório, 2 artigos científicos, 1 cartilha, 1 vídeo-documentário e painéis de fotografias a ser disponibilizados para as entidades e organizações sociais, instituições públicas e movimentos sociais, com o intuito de (re)conhecimento e promoção de outras práticas de cidadania ativa e de participação na busca da preservação dos ecossistemas. Do ponto de vista metodológico, trata-se de estudos de caso múltiplos, sem necessariamente restringirem-se ao método comparativo, na medida em que se busca explicitar toda a complexidade e a diversidade dos casos singulares que marcam indelevelmente a vida social do público da pesquisa nas suas comunidades de origem. Ou seja, a partir da análise aprofundada de cunho qualitativo dos casos exemplares pretende-se estabelecer o diálogo interpretativo e analítico (a partir das vozes e das práticas dos sujeitos implicados) com os conceitos, proposições e representações comumente formulados no campo acadêmico e nas políticas das instituições internacionais como a ONU, FAO, OIT, UNICEF, IPCC, etc.